Descrição enviada pela equipe de projeto. Como base para a crescente indústria de petróleo da Noruega, Stavanger rapidamente se tornou um polo de conhecimento atraindo especialistas de todo o mundo. Os arquitetos Helen & Hard procuraram unir as competências e recursos materiais da indústria com o desenvolvimento urbano sustentável em muitos projetos, principalmente no Geopark. O parque é um espaço urbano divertido na zona portuária de Stavanger, utilizando um pátio ocioso adjacente ao Museu do Petróleo. O processo de concepção foi traçado a partir de três diferentes recursos locais: em primeiro lugar, a experiência geológica e sísmica da indústria do petróleo; segundo, a tecnologia, materiais e resíduos relacionados com a produção de petróleo; e terceiro, as idéias de colaboração com grupos de jovens locais para a programação e realização do novo parque.
O projeto iniciou em 2004. Depois de muitas tentativas e discussões políticas, foi acordado que iria fazer parte das obras realizadas pela ocasião da cidade ser a Capital Europeia da Cultura, programada para 2008.
Uma intenção inicial foi dada à experiência tangível dos reservatórios de óleo e gás de Trol. De longe, o campo norueguês mais valioso, está escondido a 2000 - 3000 metros abaixo do leito marinho. A topografia do parque é baseado nas camadas geológicas, o "estrato", do campo de Troll, reconstruídas em uma escala de 1: 500. Esta "geo-paisagem" foi desenvolvida em uma seqüência experimental: A primeira fase consistia uma manobra digital, em que as 15 camadas geológicas foram parcialmente descoladas e expostas, criando um parque com inclinações voltadas para ambos o sol e para o centro da praça. Na segunda fase foram realizadas oficinas com grupos de jovens. Aqui, foram programadas as funções das camadas sedimentares para atividades como ciclismo, escalada, exposições, concertos, salto, jogar bola e relaxamento. A camada que contém o óleo, incluindo os seus poços de perfuração, tornou-se um parque de skate, enquanto as dobras geológicas foram usadas como paredes de exposições para graffiti e street art.
Na terceira fase, as superfícies e instalações foram criadas utilizando elementos reciclados e remodelados das instalações petrolíferas, a plataforma de óleo abandonada de Frigg, bases marítimas, fornecedores de equipamentos e montanhas de sucata. A seleção dos elementos e materiais foi feita juntamente com os grupos de jovens em visita à canteiros industriais afastados do centro da cidade. Algumas instalações foram emprestadas de diferentes companhias, outras foram doadas e outras compradas à preços mínimos. O parque é altamente utilizado pelas crianças, pais e jovens em todas os horários, transformando o terreno uma vez abandonado em um movimentado ponto de encontro social. O parque foi originalmente projetado para durar um ano, mas após cinco anos ainda está lá e segue em discussão para que se torne uma instalação permanente.